sexta-feira, 20 de junho de 2008

Em três meses, 75 pessoas foram atingidas por balas perdidas no Rio



Rio - De acordo com relatório divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), na tarde desta sexta-feira, 75 pessoas foram vítimas de balas perdidas, sendo oito delas fatais, durante o primeiro trimestre deste ano.

Em relação ao mesmo período do ano passado, observou-se uma redução de 20,2%, o que equivale a 19 casos a menos. No primeiro trimestre de 2007, 94 foram baleadas e sete morreram.

Na análise, pesquisadores levantaram algumas características das vítimas (sexo e idade), bem como identificar o local do fato e observar se há menção a algum evento nas proximidades, tais como: ação policial, ação de criminosos ou ainda outros, de natureza diversa como festas, disparos contra terceiros e roubos

Desembargador decide manter Exército no Morro da Providência



Rio - O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desembargador Castro Aguiar, suspendeu, até a próxima quinta-feira, a decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro que havia determinado a retirada das tropas do Exército do Morro da Providência, no Centro. Até a data, a Administração Federal deverá apresentar uma solução definitiva para o problema.

Castro Aguiar estabeleceu algumas restrições para permanência dos militares na favela. Nesse período eles só poderão ficar na rua Barão da Gamboa, onde são executadas as obras do Projeto Cimento Social e estão proibidos de atuar na segurança pública da comunidade.

A atuação do Exército no local "não poderá alinhar-se em situação de exercício de segurança pública, nem em situação de garantia da lei e da ordem, resguardada apenas sua atuação meramente administrativa, no restrito âmbito do que requer a consecução do convênio (referente ao projeto Cimento Social) e a segurança do pessoal e do material militares envolvidos", impôs o desembargador.

Ele tomou a decisão após avaliar o recurso da Advocacia Geral da União que pedia a permanência dos militares na favela. Castro Aguiar teve uma reunião nesta sexta-feira com as mães dos jovens mortos após serem entregues pelos 11 militares a traficantes do Morro da Mineira.

Nesta quarta-feira, a juíza Regina Coeli Medeiros de Carvalho, da 18ª Vara Federal do Rio, havia determinado a retirada imediata dos soldados da comunidade, permitindo só a permanência de engenheiros do Exército que atuam nas obras do Projeto Cimento Social.

Notificada, a Advocacia Geral da União entrou com recurso pedindo a permanência dos soldados na favela. O ministro da Defesa, Tarso Genro, disse ontem que se as Forças Armadas deixarem o local as obras serão paralisadas.

Assassinatos brutais

Marcos Paulo da Silva Correia, de 17 anos, David Wilson Florêncio, de 24 anos, e Wellington Gonzaga da Costa, de 19 anos, voltavam de um baile funk, na manhã do dia 14 de junho. Segundo testemunhas, eles foram detidos no Morro da Providência, Centro do Rio, e entregues por militares do Exército a um grupo de traficantes do Morro da Mineira, no Estácio, Zona Norte.

Os três foram torturados e mortos. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Wellington teve as mãos amarradas e corpo perfurado por vários tiros. David teve um dos braços quase decepado e também foi baleado. O menor morreu com um tiro no peito e foi arrastado pela favela com as pernas amarradas. Os corpos foram encontrados no dia 15, no lixão de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os 11 militares envolvidos no caso foram presos. Eles dizem que foram desacatados pelos três rapazes e que não desejavam a morte deles; queriam apenas que recebessem um "corretivo" dos traficantes.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Barbárie foi combinada

Delegado indicia 11 militares por morte de jovens da Providência. Penas podem chegar a 90 anos

Rio - Os 11 militares do Exército que seqüestraram os moradores do Morro da Providência Wellington Gonzaga da Costa Ferreira, 19 anos, David Wilson Florêncio da Silva, 24, e Marcos Paulo Rodrigues Campos, 17, foram indiciados ontem por homicídio triplamente qualificado. Os jovens foram levados para traficantes do Complexo de São Carlos, dominado por facção rival à da Providência, que os torturaram e executaram.

Ontem, o delegado Ricardo Dominguez, da 4ª DP (Central), entregou o inquérito ao promotor do 3º Tribunal do Júri, Marcos Kac, que deve apresentar denúncia ainda hoje. Para Dominguez, não há dúvidas de que houve contato prévio entre militares e traficantes.

O delegado alega que os militares tiveram livre acesso à favela. Ele investiga se o soldado José Ricardo Rodrigues, que tem parentes no Complexo de São Carlos e foi escolhido para servir como guia, apesar de não pertencer à companhia, foi o elo entre os militares e os bandidos. Dominguez afirma que todos os militares — um tenente, três sargentos e sete soldados — sabiam que os rapazes poderiam ser executados pelos traficantes e que tiveram tempo suficiente para avisar ao Comando Superior sobre a ordem do tenente Vinícius Ghidetti.

De acordo com os laudos cadavéricos, Wellington e David foram torturados. O primeiro estava com os punhos para frente, unidos com fio preto de nylon. Ele também foi encontrado com um plástico branco amarrado no pescoço. David levou 26 tiros e teve as mãos amarradas para trás com fio de telefone. Marcos foi baleado no peito e tinhas pés amarrados com lençol.

PENA MULTIPLICADA

“Todos sabiam o que ia acontecer ali. Os militares estavam na base para descansar e receberam ordem para seguir no caminhão. Saíram da rota comum da tropa, sabendo que tudo fugia da rotina normal. Podem pegar até 30 anos de prisão e as penas serão multiplicadas por três”, disse Dominguez.

O promotor Marcos Kac afirmou que o argumento da hierarquia militar não minimiza a responsabilidade dos praças. Ele também entende que houve um acordo. “Eles não subiriam o morro a troco de nada porque seriam alvejados em situação normal. O contato de militares com traficantes armados já é deplorável e mostra prevaricação porque deveriam ter prendido os bandidos. Acho que não existe subordinação para a prática de ato manifestadamente ilegal. O limite da hierarquia vale até o limite da lei”, declarou o promotor.

O diretor de Policiamento da Capital, Sérgio Caldas, disse que o contato foi feito por telefone e que Dominguez pediu ontem a quebra de sigilo de dados de alguns militares. A 6ª DP (Cidade Nova), responsável pela área do São Carlos, apóia a investigação sobre os traficantes que mataram o trio. O corpo encontrado segunda-feira estava esquartejado e pode ser de algum bandido que tenha participado da ação. A polícia investiga se há outros três corpos na favela.

O caso

Marcos Paulo da Silva Correia, de 17 anos, David Wilson Florêncio, de 24 anos, e Wellington Gonzaga da Costa, de 19 anos, voltavam de um baile funk, na manhã do dia 14 de junho. Segundo testemunhas, eles foram detidos no Morro da Providência, Centro do Rio, e entregues por militares do Exército a um grupo de traficantes do Morro da Mineira, no Estácio, Zona Norte.

Os três foram torturados e mortos. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Wellington teve as mãos amarradas e corpo perfurado por vários tiros. David teve um dos braços quase decepado e também foi baleado. O menor morreu com um tiro no peito e foi arrastado pela favela com as pernas amarradas. Os corpos foram encontrados no dia 15, no lixão de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Os 11 militares envolvidos no caso foram presos. Eles dizem que foram desacatados pelos três rapazes e que não desejavam a morte deles; queriam apenas que recebessem um 'corretivo' dos traficantes.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Brasil mais distante da COPA de 2010

Brasil e Argentina ficam no 0 a 0


Foto: EFE

Belo Horizonte - O Brasil entrou em campo com três alterações da equipe que foi derrotada para o Paraguai por 2 a 0 - Anderson, Júlio Baptista e Adriano nos lugares de Josué, Diego e Luis Fabiano - e mostrou até uma atitude diferente da demonstrada no último domingo, mas não foi suficiente para derrotar a Argentina. A seleção do técnico Dunga empatou em 0 a 0 com a Argentina e o treinador brasileiro não foi poupado das críticas e vaias pelos torcedores presentes no Mineirão.


A Seleção tentou partir para cima logo no começo do jogo, mas só tentou. A Argentina não mostrou medo e teve inclusive a primeira chance de gol. Aos 16, Júlio Cruz, companheiro de Júlio César na Inter de Milão, recebeu cruzamento da esquerda e cabeceou. O goleiro da Seleção Brasileira defendeu com tranquilidade.

O Brasil carecia de jogadas pelas laterais, mas mesmo assim assustou os argentinos. Aos 22, Robinho recebeu passe na direita do ataque, driblou seu marcador e bateu para o gol. A bola resvalou na defesa e sobrou livre para Júlio Baptista. O camisa 10 brasileiro chutou, mas Abbondanzieri fez grande defesa. Um minuto depois, o camisa 11 brasileiro recebeu lançamento pela direita, avançou, driblou o goleiro argentino, invadiu a área e após prender muito a bola, deixou a zaga argentina se recuperar. Adriano, na pequena área, reclamou da demora em receber o passe.

O jogo se tornou parelho e outra grande chance de gol só aos 45 minutos. Messi recebeu pela esquerda, nas costa de Lúcio e entrou na área brasileira com a bola dominada. A sorte brasileira é que o craque do Barcelona pegou muito mal na bola, que sequer chegou ao gol de Júlio César.

Na volta do intervalo o Brasil voltou errando muitos passes bobos no meio-de-campo, que chegou a deixar impaciente a torcida presente no Mineirão.

Aos 11, Júlio Cruz recebeu passe de Riquelme e bateu mal, por cima de Júlio César, desperdiçando uma ótima chance argentina. Aos 16, Júlio Baptista bateu falta direto e Abbondanzieri colocou para escanteio.

Aos 22 minutos a paciência da torcida com a equipe acabou. Gritos ofensivos direcionados ao técnico Dunga eram ouvidos partindo da arquibancada.

A Argentina começou a chegar com facilidade, desperdiçando oportunidades com Messi e Riquelme. Dunga resolveu mexer na equipe substituindo Adriano por Luis Fabiano. Os torcedores presentes no Mineirão puxaram gritos de "Burro" para o técnico brasileiro.

Foto: EFE

Aos 32, Luis Fabiano arriscou de longe e ganhou escanteio. O treinador brasileiro ainda tirou Diego para a entrada de Daniel Alves, mas nada adiantou. Antes do apito final Messi perdeu duas chances claras de levar a Argentina à vitória.

O empate foi o resultado mais merecido para as equipes que se enfrentaram no Mineirão.

‘Madrasta ciumenta e perigosa’

Ex-vizinha dos avós de Isabella Nardoni diz que alertou para que menina não fosse deixada sozinha com Anna Jatobá

SÃO PAULO - Uma das testemunhas do caso Isabella ouvidas ontem pelo juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri, disse que chegou a alertar a avó paterna da menina para não deixá-la sozinha com a madrasta, Anna Jatobá. “Eu falei: ela é tão maluca, que um dia joga a menina lá de cima”, disse Benícia Maria Fernandes, que há até dois anos era vizinha dos pais de Alexandre Nardoni, pai de Isabella. Segundo ela, Anna Jatobá é desequilibrada, ciumenta e perigosa.

Benícia foi espontaneamente ao fórum e contou que deu o conselho quando viu Anna Jatobá tentando agredir Alexandre após atender a uma ligação da mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, no celular dele. A testemunha disse também que já viu Anna Jatobá disputar o colo de Alexandre com a menina. Acusado do crime, o casal acompanhava os depoimentos, algemado, mas foi retirado da sala a pedido de Benícia. A madrasta teria deixado o local dando uma risada irônica, segundo um assessor do tribunal.

A primeira a ser ouvida foi a perita Rosângela Monteiro, que chefiou a perícia no edifício. Ela descartou a possibilidade de um terceiro adulto ter estado na cena do crime e confirmou que havia manchas de sangue no carro e em fralda encontrada de molho em um balde no apartamento. Ainda segundo a perita, a camiseta usada por Alexandre naquele dia tinha “marcas perfeitamente visíveis da tela de proteção da janela”, e a pegada encontrada numa cama do quarto era compatível com chinelo dele.

Já o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo Alves, do Instituto Médico-Legal (IML), contestou versões defendidas pelo legista George Sanguinetti, contratado pela família do casal. No total, nove pessoas seriam ouvidas.

Renato Aragão e Dedé Santana retomam parceria histórica



Agora Dedé vai integrar o elenco de 'A Turma do Didi', exibido aos domingos, na Globo



Foto: Ag. News

Rio - Foi em clima de festa a coletiva da renovada parceria entre Didi e Dedé, nesta terça, no Projac, antes de gravarem a ‘A Turma do Didi’, no ar domingo. Depois de 14 anos separados, Dedé disse que está feliz: “Sempre quis isso. Minha família também e Renato faz parte dela”. Levar Dedé para a Globo era vontade antiga do Trapalhão: “Quando acabou o contrato dele com o SBT, levei minha intenção à direção”.

Dedé está na atração todos os domingos. “Ele pode ser Dedé ou Dedéia, aqui não temos idade nem sexo, no bom sentido”, brincou Didi. No fim da gravação, Dedé se emocionou com a homenagem. Bolas, champanhe e papéis prateados coroaram a união.

Depois de 14 anos afastada, uma das mais queridas duplas da TV e do cinema brasileiros volta para a telinha. Os dois reatam a parceria que os consagrou no programa Os Trapalhões e em filmes como ‘Os Saltimbancos Trapalhões’ e ‘Simbad, O Marujo Trapalhão’. Antes de assinar com a Globo, há um mês, Dedé Santana conversou com O DIA e falou do sonho de voltar a trabalhar com Renato Aragão.

“O povo cobra muito minha participação com o Didi. Trabalhar com o Renato é o que eu quero, afinal, tudo começou com uma dupla, antes de ‘Os Trapalhões’”, relembrou ele, na época em que planejava com a direção do SBT uma atração para substituir o ‘Comando Maluco’, que perdeu sentido após a morte de Beto Carrero, em fevereiro.

Na ocasião, Dedé falou das desavenças no passado. “Eu e o Renato não brigamos. Foram discussões bobas de ‘marido e mulher’, mas no final ficava tudo numa boa. Gostaria muito de terminar a minha carreira com ele”, ressalta Dedé. “Renato confiou em mim e me deu vários filmes para dirigir”, conta, referindo-se a ‘O Mágico de Oroz’ e ‘O Reino da Fantasia’.

sexta-feira, 14 de março de 2008

PF prende suspeito de comandar esquema de vendas de diplomas pela internet


SÃO PAULO - A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira, Tiago Francisco Vieira Pereira, de 22 anos, suspeito de ser o responsável por um esquema de vendas de diplomas universitários pela internet. O jovem foi detido em Tangará da Serra, a 240 km da capital de Mato Grosso, e está sendo encaminhado à sede da PF em Cuiabá para ser ouvido. Com ele, a polícia afirmou que encontrou material para a confecção dos certificados, que seriam vendidos a um preço médio de R$ 1,8 mil. A maior parte dos diplomas fraudados eram enviados a São Paulo e os pedidos eram, principalmente, para certificados falsos da Universidade Paulista (UNIP).

De acordo com a PF, na casa do suspeito também foi encontrado um revólver calibre 38 sem registro. Um familiar do jovem foi detido.

A PF informou que as investigações são realizadas há um ano, mas os mandados de busca e apreensão de 34 diplomas são referentes aos últimos seis meses.

Por meio de um fórum de discussões na internet, os clientes pediam a confecção e o envio do certificado, que era produzido no município de Tangará da Serra, no Mato Grosso, e distribuído para todo o País via sedex. As principais solicitações eram para diplomas de Medicina, Fisioterapia, Direito, Enfermagem e Engenharia.

Segundo a PF, Pereira falsificaria os documentos em sua própria casa. A polícia não acredita no envolvimento de universidades nas fraudes, já que elas também seriam vítimas do esquema.

A Operação Cola é realizada em 14 Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso, Pernambuco, Maranhão, Acre, Pará e Bahia.

Em Minas Gerais, os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão nos endereços de clientes, nas cidades de Belo Horizonte, Itajubá, Mantena e Araponga.

A ação é coordenada pela Delegacia Fazendária da Polícia Federal de Mato Grosso e São Paulo, com o apoio da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos em Brasília.